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RONALDO MONTE

( Paraíba – Brasil )

 

ANTOLOGIA SONORA – Poesia Paraibana Contemporânea.  João Pessoa, PB: Edições OK Sebo Cultural, 2009.  Caixa, contendo
1 CD e 31 encartes (poetas e poemas).
       Ex. bibl. Antonio Miranda

                                                                                            

      “Ronaldo Monte é um homem feito de palavras. Um escritor que vem
tecendo uma história cada vez mais sólida na cena literária brasileira.
Ele não arromba portas. Não força a barra. Rona simplesmente vem
surgindo como quem estabelece uma relação de amor com a
existência e seus teares.”    Lau Siqueira, poeta gaúcho.

Faixa 23


Ad Eternum

Sexta-feira de noite não te amava,
pois consumiu-te rápido entre as pernas
o salário suada da semana.

Bêbado no bar deixou-te o sábado
Com as esperanças perdidas e a conta a pagar
(a realidade usa gravata borboleta).

Esquece-te domingo na porta da igreja
e vai segunda-feira teu cansaço
arrastar nos escritório e oficinas.

Organdi e tafetás
são

hoje lycra, índigo blue-jeans.
É o mesmo, porém, teu velho sonho.
E com ele mijas os eternos meio-fios
Das ruas sonolentas do subúrbio.



Carta de Pedra

Sono de pedra
no leito do rio.
Sonho de pedra:
Enigma ingá.

Como quero te arrancar
das entranhas desta rocha.
Quanto desejo o recado
marcando lugar e hora
do encontro com teu sentido.

Antes da história
alguém me ama
e escreveu esta carta para mim.

Afago a letra da pedra
e encontro o calor antigo
das mãos do antigo poeta.

Enigma ingá.
Carta de amor
aberta.
Impenetrável.

 

Teclagem Noturna

De tua vida por um fio
A morte tece seus panos.

Dia-a-dia, zig-zag,
cresce no chão o novelo
que a sinistra tecelã
virá de noite roubar.

Pé-ante-pé, plec-plec
(a morte usa chinelos),
leva teus fios vividos
prá de noite, tlec-tlec,
alimentar seu tear.

mesclando teu tempo inútil
com o enfado do teu trabalho
num só tecido inconsútil
do teu último agasalho.


Lições da tarde

Com a tarde nova
aprendo que tenho sombra

Com tarde alta
aprendo a cair em silêncio

Com o fim da tarde
aprendo a ir embora

Com a tarde morta
aprendo a lição do nada.

 

*

VEJA e LEIA  outros poetas da PARAÍBA em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/paraiba.html

 

Página publicada em fevereiro de 2022

 

 

 
 
 
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